Por que o Brasil tem seus prós e contras em sediar dois eventos internacionais de grande porte
Nervosismo, ansiedade e expectativa. Estas são características marcantes na vida de muitos brasileiros, principalmente cidadãos e autoridades cariocas, que pautam suas sensibilidades aos acontecimentos nos últimos meses, referentes à esperança do Brasil ser sede das Olímpiadas de 2016. A Copa do Mundo em 2014 já é nossa. Agora, a nação verde-amarela aguarda a decisão do COI (Comitê Olímpico Internacional) no próximo dia 2, sexta-feira, ao qual definirá a cidade-sede que realizará os Jogos Olímpicos – 2016. Rio de Janeiro, Chicago, Tóquio e Madri são as quatro e únicas cidades candidatas aos Jogos de 2016.
A cidade maravilhosa tenta ser a primeira metrópole da América do Sul a organizar uma Olimpíada. E, para isso, o governo federal, estadual e municipal investirá massivamente, caso o Rio vença a candidatura, em obras para aperfeiçoamento de infraestruras essencias. De acordo com o secretário-geral da candidatura brasileira, Carlos Roberto Osório, os aeroportos da cidade carioca e os de São Paulo serão melhorados até 2014, valendo também para telecomunicações, tecnologia e construção de novos hotéis. Osório ainda afirmou que após a Copa do Mundo de 2014, o Rio de Janeiro terá vasta vantagem e eficácia em sediar com qualidade os Jogos. “O investimento será de R$1,25 bi, com 40 por cento desse montante já coberto pelo orçamento da Copa. Quanto à qualidade, até 2016, teremos pessoal treinado e experiente em evento internacional. A Copa do Mundo atua em nosso favor”, afirmou Osório.
Entretanto, o temor de realizar dois eventos internacionais, com intervalo de dois anos somente, assola o sonho do Brasil. O presidente do COI, Jacques Rogge, declarou que as pretensões do país em sediar dois eventos de grande porte são audaciosas. Para o belga, o Brasil deve se concentrar em apenas um dos objetivos: Copa ou Olímpiadas. Rogge classificou o evento da Copa do Mundo como de menor complexidade para ser realizado ao contrário dos Jogos Olímpícos. “São 600 jogadores de futebol contra 10.000 atletas olímpicos. A cidade sede tem de ter estruturas suficientes, por exemplo, de transporte e hotelaria para comportar tamanha concentração de veículos e de pessoas”, diz Rogge. A realização do evento futebolístico e a falta de leitos nos hóteis do Rio foram os principais obstáculos encontrados pela comissão do COI. O presidente do Comitê há alguns meses atrás, visitou o estádio carioca João Havelange e a Vila Pan-Americana – onde ocorreu os Jogos Pan-Americanos de 2007. Satisfeito, ele elogiou os locais.
Organizar dois eventos de grande magnitude no espaço de dois anos, não será novidade para o Brasil. Isto já ocorreu em 1994, nos Estados Unidos. A América sediou a Copa do Mundo e após dois anos, tiveram as Olimpíadas em Atlanta.
Ouça duas entrevistas exclusivas, sobre esta notícia, de quem entende do assunto.
César Macedo é professor de Jornalismo na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, trabalhou como repórter esportivo no jornal Diário da Tarde e cobriu matérias de esporte no jornal Hoje em Dia.
Osvaldo Reis, “Pequetito” é estudante de Jornalismo e locutor esportivo das Rádios Globo Minas e CBN.
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